terça-feira, 18 de outubro de 2011

SABERES DE REGINA

Regina é uma agricultora familiar do municipio de União que cultiva feijão em áreas de varzea. No seu saber popular, Regina relata os problemas do campo e afirma que não devemos cultivar feijão no municipio de União (mesmo irrigado), durante os meses de setembro a  novembro, segundo ela as plantas ficam raquiticas, amareladas, engrossam as folhas, secas com alta incidência de pragas e mofo na raiz. De acordo com Regina isso seria causado pela temperatura do solo, que mesmo com a irrigação, está com  a temperatura é muito alta. Condiderando o clima, o solo e o uso de tecnologias neste sistema, explique esta situção e indique alternativas para resolvere este problema.

14 comentários:

  1. se for correto que todos esses fatores forem causados pelas altas temperaturas, uma opção seria cobertura morta para diminuição desse vetor

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  2. A podridão radicular seca causada pelo fungo Fusarium solani é uma doença que cujos meios de disseminação são as sementes, solo contaminado e enxurradas. No entanto, está se tornando de maior importãncia nos últimos anos, causando sérios prejuízos a cultura do feijoeiro. o fungo produz conídios, sobrevivendo no solo na forma de clamidósporo ou como saprófita, sendo esta mais prejudicial em solos compactados. Portanto, considerando o diagnóstico realizado pela agricultora, há uma semelhança no que se refere aos sintomas apresentado pelas plantas quando afetadas pela podridão radicular, tais como:
    - Ocorrência de lesões nas regiões do hipocótilo e da raiz principal;
    - Crescimento lento;
    - Seca da raiz e da parte mais baixa do caule;
    - Amarelecimento e queda das folhas
    Em se tratando de doença que pode ser transmitida pela semente, bem como, pelo solo as medidas a serem adotadas são as seguintes:
    - Uso de sementes sadias;
    - Expurgo das sementes;
    - Rotação de culturas (uso de gramíneas)
    - Uso de menor densidade de semeadura
    - Cultivo em solos com boa drenagem
    Tais medidas, se adotadas conforme orientação, é possível o cultivo do feijão no município.

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  3. as areas de varzea sao aptas para o cultivo do feijao caupi, no entanto os meses de setembro a novembro sao marcados por temperatura e umidade relativa do ar elevadas, juntas prejudicam significativamente o desenvolvimento e o florescimento da planta e a deixa bastante sucetivel a pragas e doenças.assim o melhor e que a cultura seja implantada eté o inicio do mês de agosto

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  4. Normalmente a época de plantio de feijão no Piauí está associada ao inicio da estação chuvosa em cultivo de primeira safra e a condições naturais favoráveis de umidade de solo em cultivo de segunda safra, normalmente ocorrendo de novembro a março e de abril a agosto respectivamente. No estado do Piauí a média de precipitação está entre 1200mm a 550mm e o trimestre mais chuvoso na região norte do estado é fevereiro/março/ abril, a cultura do feijão caupi, por exemplo, exige em média 300mm de precipitação para que produza sem a necessidade de irrigação. A temperatura média é de 27°C, desta maneira, pode-se afirmar que no estado do Piauí não existem limitações térmicas para a produção de feijão caupi. O que deve ser observado é que para a produção de feijão nesta época, devido a não ocorrência de chuvas, deve-se utilizar a irrigação para suprir as necessidades hídricas da planta, a escolha de cultivares de ciclo precoce, sementes de qualidades, a correção da acidez e fertilidade do solo, pois a ocorrência de deficiência dos nutrientes essenciais pode ocasionar perturbações metabólicas como crescimento atrofiado e amarelecimento das folhas, problemas estes relatados por Regina. A acrescentar que Regina poderia está utilizando adubos verdes ou ainda cobertura morta, que estaria diminuindo a temperatura do solo por haver uma menor incidência de raios solares no solo.

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  5. levando em consideração o plantio em várzeas, os meses em questão e o fato de regina ser uma agricultora familiar; algumas hipóteses podem ser levantadas podendo ser: uma carência nutricional pois plantas sadias são mais tolerantes ao ataque de pragas e doenças ou a falta de prepara da área de cultivo o que acarreta o surgimento da doenças.

    A saída para regina seria ampliar o espaçamento da cultura afim de evitar micro clima o que propicia o surgimento de doenças fúngicas, uso de sementes sadias e o tratamento químico das mesmas, rotação de cultura e preparo do solo antes do plantio também resolveria na quebra do ciclo do patógeno.
    Para o controle das principais pragas recomenda-se o MIP pois plantas em situações favoráveis podem tolerar melhor o ataque de pragas.
    O controle químico deve ser visto como uma alternativa a ser utilizada quando as outras medidas de controle não forem possíveis, levando-se em consideração a relação benefícios /riscos.

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  6. Certamente este problema se deve auma deficiencia nutricional no vegetal e a um mal preparo de solo, provalmente esta planta precisa urgetemente de uma dosagem de N, que um elemento altamente móvel na planta e, por isso, os primeiros sintomas de deficiência surgem nas folhas mais velhas, em forma de clorose uniforme homogênea, amarelo-esverdeada, passando a amarelo-esbranquiçada, que se estende às folhas novas, com a intensificação dos sintomas. O número de folhas, a área foliar e o crescimento das plantas são reduzidos, dando lugar a um desfolhamento prematuro.
    O feijão-caupi absorve, para seu desenvolvimento completo, uma quantidade superior a 100 kg de N/ha. Considerada como planta de boa capacidade noduladora e eficiente sistema de fixação, o caupi dispensa a adubação nitrogenada. Culturas desenvolvidas em áreas recém-desmatadas, arenosas ou com teor de matéria orgânica menor que 10 g/kg, geralmente apresentam deficiência de nitrogênio. Nessas condições, recomenda-se a aplicação de 20 kg de N/ha, em cobertura, aos 15 dias após a fase de emergência das plantas.

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  7. As descrições feitas por Regina indica uma doença que atinge os feijoeiros denominada de Podridão-radicular-seca, muito bem descrita acima por nosso colega Franklin. Para minimizar essa infestação, alguns orientações são importantes, tais como: uso de sementes sadias e tratadas com fungicidas, rotação com gramíneas, no mínimo por cinco anos, propicia a redução do inóculo do patógeno, se possivel cultivar em áreas bem drenadas e a utilização de menor densidade de semeadura. É importante relatar que não existem cultivares comerciais resistentes ao patógeno.

    Engº Agrº Jose Cláudio B. Ferraz

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  8. Provavelmente o colega Franklin tem razão quanto a causa fúngica dos sintomas, com base no histórico da região, fungos são sempre problema em União. Quanto ao fator temperatura, arrisco dizer que a alternativa do amigo Diego pode ser uma aposta válida, mas com cuidado para não formar micro clima, o que fica bem difícil em áreas de várzea. Por isso concordo mais com as medidas preventivas, trabalhar a drenagem dessas áreas, fazer um período introdutório com gramíneas, trabalhar adubação orgânica e sempre obedecer os princípios do MIP e qualidade das sementes, assim como as técnicas adequadas de plantio como espaçamento adequado e semear com base nas curvas de nível.

    Antonny Sampaio

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  9. Observando o contexto relatado por dona Regina em relação aos sintomas em que o feijão se encontra,e o histórico de infetação dos solos de união pelo o fusarium,arrisco em dizer que possivelmente esse é o fator limitante dessa cultura. Onde os sintomas relatados se relacionam com os que o fusarium apresenta na planta.O certo seria fazer uma análise de solo, para tomar as medidas cabíveis. Mas,partindo dos sintomas apresentados, outra medida preventiva adotada seria fazer:
    um bom preparo do solo;
    Plantar sementes resistentes e sadias;
    Adulbação correta;
    rotação de cultura;
    cobertura morta.
    Eng.Agrônomo José cláudio de Oliveira

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  10. Dona Regina não sabe, mas tem uma doença chamada Podridão-radicular-seca Causada pelo fungo Fusarium solani, que pode causar sérios prejuízos à cultura do feijoeiro. A severidade dessa doença é maior na presença de nematóides, que causam ferimentos facilitando a entrada do fungo.
    Essa doença afeta inicialmente as regiões do hipocótilo e da raiz principal das plântulas, causando lesões longitudinais, afiladas e de coloração avermelhada. Com o progresso da doença, as lesões cobrem todo o sistema radicular da planta, podendo surgir fissuras longitudinais ao longo do tecido lesionado. A raiz principal e a parte mais baixa do caule podem secar; conseqüentemente, o crescimento torna-se mais lento e há o amarelecimento e a queda das folhas, reduzindo a produção da lavoura.
    O desenvolvimento da doença é favorecido por temperaturas acima de 22oC. A disseminação do patógeno se dá por meio de sementes, solo contaminado e enxurrada. O fungo produz conídios e pode sobreviver no solo na forma de clamidósporo ou como saprófito. A doença é mais prejudicial em solos compactados.
    Então eu daria para dona Regina as seguintes sugestões:
    - O uso de sementes sadias e tratadas com fungicidas.
    - Em áreas infectadas, a rotação com gramíneas, no mínimo por cinco anos, propicia a redução do inóculo do patógeno.
    - Plantio em áreas bem drenadas e a utilização de menor densidade de semeadura.
    Atenção especial deve ser dada ao plantio realizado em áreas onde foi cultivado milho para silagem, pois normalmente ocorre a compactação do solo.
    Não existem cultivares comerciais resistentes ao patógeno.

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  11. Pelos fatos apresentados, algumas conclusões podem ser sugeridas, porem só poderemos saber com certeza o que está ocorrendo nesta área, através de estudos.
    Bom, devemos lembrar que o feijoeiro é uma planta sensível à alta temperatura e que o rizóbio desenvolve-se bem até 28°C, e esse periodo de B-R-O BRO essa temperatura pode ser superada facilmente, a ocorrencia de altas precipitações no período que dona Regina planou, aliadas a altas temperaturas, além de provocarem doenças à cultura, inviabilizam a colheita.
    Outra possivel causa, é que a grande maioria das doenças do feijoeiro, transmissíveis pela semente, se desenvolvem e causam danos às plantas na faixa de temperatura entre 17°C e 30°C, e as temperaturas de 30º são facilmente alcançadas nessa época do ano.
    A podridão do colmo provavelmente se dá devido a combinação de temperatura alta e solo seco provocando a proliferação da Macrophomina.
    Outro caso a se lembrar é que temperaturas médias maiore que 30° provocam mudanças na planta do feijoeiro, tais como: exuberância de crescimento vegetativo; encurtamento do ciclo de vegetação; redução do número total de flores

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  12. Baseada no histórico da região, União no caso, e levando em consideração o plantio em várzeas, podemos dizer que vários fatores interferiram para os sintomas descritos pela produtora.
    Primeiro deve-se analisar como foi feito o preparado desse solo; se foi feita alguma adubação e correção da acidez e fertilidade do solo, pois a carência de alguns nutrientes essenciais pode ocasionar perturbações metabólicas na plantas tornando mais susceptível ao ataque de patógenos, pois plantas sadias são mais tolerantes ao ataque de pragas e doença; se foi plantado em espaçamento corretos; se foi plantado em curva de nível; se a semente é de boa qualidade e tratadas com fungicidas (pois pelos sintoma caracteriza-se doença fungica).
    Recomendo que as medidas de controle a serem adotadas, em se tratando de doença fungica que pode ser transmitida pela semente, bem como, pelo solo são as seguintes: O uso de sementes sadias de qualidades, e tratadas com fungicidas. A escolha de cultivares de ciclo precoce. Como a área está infectada, a rotação com gramíneas e preparo do solo é importante, pois, propicia a redução do inoculo do patógeno.
    O controle da doença é também favorecido pelo plantio em áreas bem drenadas e a utilização de menor densidade de semeadura. Atenção especial deve ser dada ao plantio realizado em áreas onde foi cultivado milho para silagem, pois normalmente ocorre a compactação do solo.

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  13. De acordo cm o diagnóstico pode ser qe a cultura do feijão caupi tenha adquirido a podridão das raízes.É necessário que haja um bom preparo do solo,saber a origem das sementes,cobertura morta para deminuir a incidência dos raios solares,remoção e queima dos restos culturais,eliminação dos restos culturais e rotação de culturas com gramíneas.

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  14. O que acontece com a plantação de feijão da DONA REGINA,é a chamada Podridão-radicular-seca, isso ocorre em virtude do fungo Fusarium soalni, essa doença ocorre em todo o mundo, desde a Europa a America Latina.
    A podridão é ocasionada pela presença de lesões avermelhadas na raiz e na parte inferior do caule, de tamanhos e margens indefinidas, como conquencias do progresso da infecção na raiz principal, as raizes laterais morrem e, em condições favoráveis, ocorre morte parcial ou total dos ramos.Alem de ser transmitido pela semente,o patogeno pode sobreviver em restos de culturas.
    Principais metodos de controle:
    A)rotação de culturas;
    B) pode ser feito o tratamento quimico nas sementes;
    C)o uso de sementes sadias.
    OBSERVAÇÃO:
    ainda não existe cultivares resistentes ao patogeno.
    ANA APAULA CALAÇA...

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